domingo, 10 de outubro de 2010

Reims

Nesse último fim de semana fui, com excursão da escola, à Reims, cidade mais conhecida da região de Champagne. Inicialmente, era pra ser só uma day-trip, mas eu e o Giuliano, amigo brasileiro, decidimos dormir por lá e aproveitar a vida noturna da cidade e ainda ter parte do domingo para fechar com sightseeing.

O clima e o estilo da cidade lembram muito Troyes, porque as duas compartilham a mesma cultura, estão na mesma região e tem idades semelhantes, ambas pré-medievais. Só que Reims é maior. Por isso, me senti mais à vontade por lá. Acho que quando eu voltar para Porto Alegre vou me sentir em Sampa, perto dessas cidades daqui.

Duas coisas que são fundamentais da cidade são: a Notre-Dame de Reims e as caves de Champagne.

A Catedral é SENSACIONAL. Já vi vários comentários e opiniões dizendo que Sacre Coeur e Notre Dame de Paris são fichinha perto dessa Catedral. Talvez. Ainda não posso fazer a prova real. Vou deixar os leitores julgarem, já que eu ainda não fiz a prova real.



Visitei duas caves de Champagne em experiências muito legais: Pomery e Mumm. Preferi a segunda. Interessante ver a história dessas empresas e empreendedores de 200 anos e como a variável tradição ainda está presente por todos os lados nas caves. Também fiquei pensando sobre como a produção do Champagne começou tão artesanalmente e hoje é uma das bebidas mais conhecidas no mundo, trazendo imensos faturamentos, usando máquinas de alta tecnologia e levando a imagem da França por todo o mundo. Mesmo com todas essas impressões, achei que eu ia ver mais luxo nesses lugares. Na Pomery, tem arte por todo lado na cave. Chega a ser excessivo, mas não extravagante. Mas fiquei maravilhado mesmo é com o sabor das champagnes e com o savoir-faire complexíssimo.

Mas digo a vocês: obviamente a qualidade do produto, o volume, a tecnologia e o conhecimento utilizados não podem ser comparadas, mas serviço ao cliente e a qualidade das visitas de Bento Gonçalves não ficam tão atrás das de Champagne. É sério. E não, não estou sendo bairrista.

Ficamos num hotel 2 estrelas a 4km do centro da cidade. Foi punk porque o sistema de ônibus só vai até as 21h. Depois disso, só operam algumas linhas, mas não a nossa. No sábado, devemos ter caminhado pelo menos uns 15km. Mas foi legal me refrescar e falar sobre o Brasil e sobre mulheres no centro de Reims com uma Duvel e uma cerveja de mojito.

Enfim, uma boa viagem. Recomendo muito essa cidade mega histórica. Além de um sightseeing muito legal, tem bastante gastronomia, as caves de champagne e respira história: todos os reis da França foram coroados em Reims e o acordo da rendição da Alemanha na 2ª Guerra também foi assinado lá.

Gostei tanto que talvez eu volte para visitar a Veuve Cliquot e conhecer os vinhedos. E de souvenir, levei uma Pomery para o meu aniversário.

Depois de quase 4h de trem, de volta a Troyes (por um motivo bizarro, o trem vai antes para Paris). Vou dormir que já são 2h20 por aqui. Até a próxima.

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