quarta-feira, 23 de março de 2011

Mercados de rua e Localização

Londres tem muitos mercados. Não supermercados, mas mercados de rua. Com isso, descobri que essa história de mercados a céu aberto, onde se vende de tudo é muito legal. É uma ótima atividade outdoor de final de semana para conhecer coisas novas ou caçar umas barganhas.

Fui em pelo menos 5 deles no meu tempo por aqui e todos foram muito legais. Fico pensando porque eles são tão populares por aqui e no Brasil quase inexistentes. Temos as feiras de rua, mas sinto que estão perdendo força, enquanto aqui surgem mais e mais mercados. E tem para todos os gostos: de produtos orgânicos a muambas, antiguidades, comida internacional e tem os que vendem de tudo.

Acho que a ideia de localização é um dos grandes motivos. Em megacidades, um das tendências é que as pessoas querem comprar comida e bens locais, de pessoas locais, numa atmosfera local, de bairro. Sinto isso bem forte por aqui. Em Londres, por exemplo, a cidade é dividida em burroughs, que funcionam como minicidades, cada um com sua prefeitura local. São Paulo, outra megacidade global, tem iniciativas parecidas, com as prefeituras de bairro e o sistema da Nossa São Paulo. Essa divisão faz com que surjam culturas locais diferentes e interessantes e incentiva o desenvolvimento dos bairros.

E ainda por cima, faz sentido de negócios já que fica MUITO difícil gerir cidades enormes. O governo inglês tem feito bastante esforço em também promover as esse movimento, incentivando iniciativas locais que substituem serviços públicos, para descentralizar e reduzir o tamanho do Estado em tempos difíceis.

Pessoalmente, acho uma ideia muito interessante e uma das boas práticas que torna possível gerenciar uma cidade com 8,2 (Londres) ou 11 milhões (SP) de habitantes.

Seguem abaixo algumas fotos dos mercados, coletadas do meu Picasa ou por aí.

Bricklane Market

Portobello Market

Stoke Newington Church St. Farmers Market

sábado, 19 de março de 2011

1 mês and counting

Olá pessoal,
Depois de mais uma semana bem movimentada, resolvi postar nesse sábado de manhã. Ainda com um pouco de ressaca do pub de ontem, mas lá vai.

Essa semana foi de St. Patrick's Day um feriado irlandês que o mundo todo comemora, mas ninguém tem noção do real significado e muito menos tem idéia de quem foi São Patrício. É um feriado majoritariamente religioso mas virou sinônimo mundial de se vestir de verde e ir beber cerveja. Engraçado foi notar que a festa na Inglaterra, onde não é feriado, não é tão grande assim. Certamente todos os pubs estavam lotados, bastante gente bêbada na rua para uma quinta-feira, vários pints de Guiness sendo tomados e chapéus verdes dados como promoção (peguei um!).

Eu estava em Porto Alegre no St. Patrick's no ano passado e lembro de haver uma movimentação bizarra de pessoas perto dos pubs irlandeses/ingleses. E todo mundo de verde. Eu não me senti pertencendo de tudo aquilo, mas fui tomar uma cerveja porque tinha vários amigos por lá. Me pareceu por um momento, que a força da festa em Londres e POA é parecida. Isso não faz sentido algum, já que a Irlanda fica a 2h de avião daqui. Por que comemorar São Patrício no Brasil? Enfim...

Mas o grande motivo do post é que em 1 mês já estarei no Brasil. Meu útlimo mês em Londres começou e tenho que aproveitar. Estou tentando ficar menos tempo possível em casa e ficar por aí pela cidade aproveitando, conhecendo, descobrindo. E é exatamente o que vou fazer nesses últimos 30 dias. Também pretendo conhecer Liverpool e Dublin, se tudo der certo.
Se quero voltar? Sim, nas também adoraria ficar.

Foto minha no trabalho comendo sushi em um dos almoços coletivos de sexta-feira
Novas fotos no Picasa e vídeos no YouTube!

Essa semana também terminou com uma notícia forte. No trabalho, um dos meus colegas foi demitido. Ele não estava conseguindo dar conta dos eventos e o diretor encontrou alguém com mais experiência na área. Eu já tinha passado por uma situação parecida, mas essas coisas nunca são fáceis. Aí depois do trabalho fomos beber um pouco com o cara e dar boa sorte em procurar emprego nesses tempos de recessão.

That's life, diria meu amigo Gustavo.
Um abraço.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Hoje todo o folião / se junta ao bloco pra pular / e eu aqui no frio / bom Carnaval, Brasil!

É, pessoal. Esse pequeno peoma que fiz passa um pouco das minhas sensações. Vou tentar compartilhar mais um pouco aqui no blog. Segundo carnaval que passo fora do Brasil. O último foi no Uruguai foi ótimo e lembro bem. Experiência com violão, Tannat, Drexler, Conceição e rodas de candombe.

Agora, aqui no frio úmido de Londres, penso no Brasil. E muito. A vontade de estar no país nunca foi tão grande, desde que cheguei na França. Toda aquela movimentação de verão, mesmo sendo sempre o mesmo em Xangri-lá, está fazendo falta. Acho que meu corpo também está pedindo sol. Hoje, até um pouco de sol apareceu por aqui. Foi um ótimo dia no trabalho, envolvimento em novos projetos, confiança por parte dos chefes. Todos bons sinais.

Para se sentir um pouco mais em casa, amanhã vou numa festa brasileira chamada Favela Chic, edição especial de Carnaval. Espero que esteja legal. Quem me convidou foi uma dupla de brasileiros que conheci ontem em um evento sobre empreendedorismo na London Business School. Os caras estão empreendendo por aqui, com um negócio de venda de camisetas únicas pela internet. Muito boa ideia.

Conheci outras pessoas também, bebi cerveja de graça e vi um pouco da realidade da melhor Business School do mundo. Indianos falando de grandes franquias, loucos por TI e por ter uma empresa de 1 bilhão de dólares. Americanos que negociam vinhos raros e ingleses bossais que irão trabalhar nas grandes torres da City. A Rede Social motivou muita gente, inclusive eu, e esses eventos servem para eu ter cada vez mais certeza que quero trabalhar com novos negócios. Só faltou ver mais consciência na cabeça dessa elite de executivos e futuros CEOs.

Dessa vez, para ilustrar o post, coloco a foto mais incrível que eu conheço do Carnaval. Nunca fui muito dessa festa. Acho que por ser gaúcho, pertencente à estética do frio e do rock. Mas agora parece que tudo faz mais sentido.



Até.