quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Encontros e Desencontros

Olá pessoal.

Depois de um bom tempo sem dar as caras, finalmente volto a escrever. Eu queria ter dado notícias, mas não deu. Esse mês de janeiro tem sido muito ocupado, com muitas aulas e tarefas, mas mesmo assim não existe desculpa. Sempre tu podes ter tempo. Posto agora, quase 4h30 de uma quarta-feira, porque faz sentido.

E chegou 2011. Agradeço profundamente pelo 2º semestre maravilhoso que tive em 2010. Foi realmente inesquecível.

A minha viagem de final de ano foi ótima. Passar o Natal e Ano Novo com a família foi ótimo, sem preço. Revê-los foi meio estranho, mas recompensador. Vi que fiquei independente, descolado. Foi uma viagem bem engraçada, cheia de altos e baixos, aventuras de GPS no interior da Itália, desencontros em Paris, entre outras loucuras. Revisitar Milão depois de 3 anos foi interessante e a Itália é simplesmente surpreendente. Nada como voltar às raízes.

Vou contar um dos causos mais engraçados dessa viagem: a virada.
No ano novo, por causa de toda a loucura de Paris e movimento no metro com passe livre, acabei me perdendo dos meus pais às 23h30, faltando pouco tempo para a virada. Pelo menos fiquei com meu irmão. Ficamos tentando os procurar até umas 23h55, quando então chegamos a conclusão que passaríamos a virada sozinhos. Foi maluco. Paris mostrando sua cara cosmopolitana como nunca, com muitos estrangeiros, turistas e imigrantes, felizes, bêbados a cantar pelas ruas e esperando 2011 chegar.

Acabamos passando a virada eu e meu irmão, próximo da Champs-Elysée. Por pouco não passamos no metrô. Subimos a escada e virou a hora. A virada em si não foi de nada especial. A Torre Eiffel brilhou, como brilha em todas as horas cheias, e todos começaram a abrir suas garrafas. Senti um pouco de saudades do Brasil, daquela euforia da praia e principalmente dos fogos de artifício, banidos de Paris esse ano.

Abrimos então uma das garrafas de champagne (o de verdade) que estavam com a gente. E logo depois, antes de bebermos, um policial francês nos tirou a garrafa dizendo: "C'est interdit!". No melhor estilo francês. A raiva e sensação de impotência foi imensa. Senti a mesma sensação de ser roubado por um bandido. Definitivamente uma maneira diferente de começar o ano.

Logo saímos de lá e fomos ao Trocadéro, onde supostamente estavam meus pais. Estava MUITO cheio e queríamos muito abrir a segunda garrafa. Fomos até a beirada da barreira policial, onde tinha uma vista fantástica da torre. Estávamos lá, já perto da 1h, curtindo a vista e pensando onde estariam nossos pais. Olhamos para o lado e quem encontramos?

Nossos pais. SIM!!! No meio de milhares de estrangeiros, parisienses e todo mundo mais, reencontramos nossos pais, numa das melhores vistas de Paris. E eles estavam juntos. Foi definitivamente um momento mágico. Até me emociono um pouco de contar isso tudo. Então tomamos o outro champagne, melhor que o primeiro, e tudo acabou bem naquela noite gelada.



O Natal pode ser melhor festejado no inverno, mas definitivamente, o Ano Novo é melhor no verão.

Depois do episódio, terminei a noite encontrando outros Erasmus daqui de Troyes e indo beber e conversar na casa de um francês-marroquino que tem um ap em Paris. Foi legal.

Espero que esse ano seja muito bom e intenso e cheio de finais felizes, com na virada em Paris.

Tenho ainda muito o que contar de janeiro, último mês em Troyes, cheio de acontecimentos, e da minha fantástica viagem à Amsterdam. Estou num dos meus últimos dias por aqui, cheio de despedidas, sonhos e muita nostalgia. Fotos em breve no Picasa.

Escreverei em breve dessa vez.

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